domingo, 11 de dezembro de 2011

Bem mais interessantes

Eu as vezes vivo romances inteiros dentro da minha cabeça.
E quando digo romance, estou falando tanto do gênero literário quanto do romance romance, daqueles de mãozinhas dadas.
Um amigo meu um tanto machista disse que mulher vive carente e escolhendo, escolhendo homem.
Com todas as ressalvas que tenho de comentário tão simplório, sei lá talvez haja alguma mínima verdade nisso mas é uma verdade que se aplica tanto à homens quanto à mulheres.
Todo mundo tem seus dias de carência, em que mesmo não acreditando em monogamia, quer estar de mãozinhas dadas e toda aquela lenga lenga. Esse é o romance romance que as vezes vivo só dentro da minha cabeça, quando fico imaginando como poderia ser. Tudo que poderia dar errado, todos os risos possíveis e finais imagináveis.
Também tem o gênero literário, que vivo intensamente dentro da minha cabeça como uma forma de exercício para os livros que talvez-quem-sabe-um-dia-escreverei.
Mas acredito que para todos os romances a explicação é a mesma: eu tenho muita imaginação.
Acho ter imaginação, correndo o risco de soar muito presunçosa, sinal da minha inteligência. Mas como tudo na vida, isso gera um ônus: minha vida acaba sendo bem mais interessante dentro da minha cabeça.
E depois de viver tantas aventuras fica difícil se interessar pela realidade.
O foda é que a realidade é o que há nessa vida para viver, digamos assim. E não me venham com essa de viver os sonhos. Sonho deixa de ser sonho quando acontece, a não ser que seja o sonho da padoca mas desse eu não gosto.

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