terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lady Murph

E a novela uspiana continua, ou continua em termos porque ouvi dizer que a FAU volta para as provas (alguém me explica o proposito de uma greve nesses termos??O.o). E é um bem ouvi dizer mesmo, porque estou muito ocupada tentando não morrer nesse fim de semestre para prestar atenção em novela de qualquer tipo.
Mas por que disse que ela continua então?
Porque minha unidade, esquizofrênica e atrasada como ela só, resolve na sexta passada fazer paralisação essa semana (quarta dia 30), bem no dia em que meu grupo deveria apresentar um seminário. Daí professor esquerdinha resolve transformar nosso simples seminário em atividade de paralisação para toda unidade.
E o tempo fechou, as pessoas pipocaram do grupo, trabalho quase pronto. Me exaltei, me revoltei, me rebelei. (não com os colegas e sim com professores que mudam as regras do jogo aos 45 do segundo tempo).
Daí lembrei de quando era adolescente e era super inconformada com tudo e não tinha medo de nada, porque né se der uma grande merda nessa fase da vida, você dá de ombros e segue em frente. Talvez para alguns seja assim sempre ...
 Mas tirando esse pequeno raio de esperança de tempos idos (isso faz sentido?), sexta foi uma bosta, transito anormal mesmo para uma sexta, pressão caindo no metrô, desmaio e todo um chororô. E depois de chegar em casa quase onze da noite ainda corto o dedo todo.
Daí o que fazer? Esperar virar o dia para o chuveiro não queimar é claro, porque com essa sorte toda ...
Nesses dias, embora não acredite muito no azar, me convenço que o azar na realidade é uma senhora Tensa Pirada e Mortal que merce todo o meu respeito. Uma verdadeira Lady. 

PS: domingo teve Fuvest, um dia ainda digo o que penso disso ¬¬

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A USP, a PM, os maconheiros e tudo mais

Eu evito assuntos polêmicos. Fato.
Talvez por ter sido uma adolescente muito aguerrida e ter me decepcionado cedo com a natureza humana.
 Isto posto, coisas como essa me fazem querer falar e parar de evitar esses assuntos.
É fato que a sociedade nos vê como privilegiados, que a USP custa caro. Depois de um tempo lá dentro, você se fecha em si mesmo e fica fácil esquecer todo o resto do mundo. É um erro.
Mas daí chamar FFLCH de fedida e colocar as coisas de maneira tão rasa.
Eu já andava um tanto quanto desapontada com Tas depois que comecei a acompanhar o blog da Lola (aliás o blog super vale uma visita) mas francamente, ele foi um uspiano (POLI) deveria entender a importância que a FFLCH tem, sei lá. Claro rivalidade entre unidades sempre há.
Mas independente da opinião desse ou daquele o que realmente tem me espantado são os comentários de leitores em diversos portais por aí, que não divergem muito nem em teor nem em forma do que foi colocado pelo Tas.
As pessoas acreditam mesmo que queremos fumar maconha pelo campus, que somos elite, mimados, desocupados e todo esse discurso fácil e conveniente...
Eu nem sei onde queria chegar com esse post. Eu não apoio/apoiei a invasão, muito menos o descumprimento de uma ordem judicial (eles poderiam e deveriam  ter contestado judicialmente) e alunos agindo contra a decisão coletiva e se recusando a sair da reitoria, ainda na terça passada. Mas também não apoio violência policial e espetáculo para a mídia. Porque no fim foi isso que aconteceu.
Terça-feira cheguei para fazer uma prova no MAC (para quem não conhece a cidade universitária é de frente para a reitoria) e tinha tudo lá: o choque, a cavalaria, o esquadrão anti-bomba e helicóptero sobrevoando. Só não tinha porta destrancada para entrarmos. E ainda assim, deram um jeito e  fizemos prova com o barulho das patinhas dos cavalos, do helicóptero e das palavras de ordem dos estudantes.
Surreal, todo esse aparato policial para tirar estudantes desarmados de dentro do prédio.
E os relatos dos moradores do CRUSP, impedidos de sair para o trabalho, acuados com bombas de gás, foi mais surreal ainda.
Francamente nessa confusão toda não sei quem me decepcionou mais: os alunos desrespeitando decisão coletiva ou o Estado, representado em sua polícia e na reitoria da universidade.
Pensando bem talvez eu  não tenha me decepcionado tanto com a natureza humana, sempre é possível nos decepcionarmos mais.